Urbanismo e Ambiente: Como as Entidades Públicas Promovem o Abandono dos Núcleos Antigos

Devido a condicionantes de espaço, dificuldades de acesso, e falta de capacidade das entidades municipais para lidar com o problema, abandonaram a Vila Alta nos últimos 20 anos o Tribunal, os Cartórios do Registo Civil e do Registo Criminal, a Conservatória Predial, o Cartório Notarial, e inúmeros gabinetes de advogados e solicitadores que gravitam em torno destes serviços; os Correios e, finalmente, o Centro de Saúde. Até o cemitério foi levado para longe daqui.

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Construir de novo em vez de reabilitar, tem sido a preferência dos últimos 40 anos que se constituiu num desastre de dimensões épicas que pagamos dolorosamente. Expor ao abandono núcleos urbanos consolidados como a Vila Alta, e construir sem olhar a necessidades, tem sido a regra urbanística praticada nas regiões mais prósperas do país, que em Alenquer foi seguida com zelo, e que, pelos vistos, continua inalterada. Não admira que no centro histórico de Alenquer, como nos núcleos mais antigos das aldeias do concelho, proliferem tantas casas abandonadas, casas cujo futuro que se adivinha é a continuação da degradação até que finalmente se transformem em moroiços de pedras.

 

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